terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Devastação


A vida é feita de ciclos, tudo à nossa volta tem um príncipio e um fim. Por vezes é calma, serena como um dia de primavera, quente como uma tarde de verão.Outras fria como a neve no inverno, e devastadora como os ventos no fim do Outono. Assim é a vida. Tal e qual montanha russa que nos deixa a rodopiar, mesmo quando já em terra  firme pisamos.

E assim é o amor.... Por vezes eterno como o ar que respiramos. Chega até nós com o cheiro das flores e a brisa do mar. Outras vezes tem as cores amenas do Outono e num leve sopro voa para bem longe como as folhas que caem no chão., deixando o nosso corpo gelado e  inerte sobre uma cama fria, sem qualquer calor. Mas existe ainda outro ciclo, o mais devastador, aquele que nos deixa sem vida, sem sangue, sem alma e sem coração. Que chega como um temporal  forte e depressa se transforma num ciclone que tudo devasta à sua passagem.

Um amor sem sentimento, sem paixão, sem ternura. Um amor sem melodia. Apenas acordes sem tom. Um amor inundado de mentira, de hipocrisia, de enganos e desenganos.

E o temporal percorre o seu caminho e nós ali permanecemos na esperança louca de um dia o vento acalmar e por detras das densas nuvens o sol sorrir e iluminar de novo o nosso mundo.

Loucura, insanidade, medo, angustia, desilução pura. Um dia passa, mas deixa apenas em seu caminho a tristeza e desolação. Percebemos então que nas nossas mãos restou apenas o desamparo e um rasto de destruição!