quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ainda...



Não digas "não", nem "nunca mais"...
não digas "sempre" ou "jamais"...
diz, simplesmente: "ainda"!...

Ainda nos veremos um dia...

Ainda nos encontraremos na estrada da vida...
Ainda encontraremos a pousada,
o afecto desejado, a guarida...

Ainda haverá tempo de amar,
sem medo, totalmente... infinitamente...
sem ter medo de pedir, de implorar, ou chorar...

Ainda haverá tempo, para ser feliz novamente...

Ainda haverá tristeza,
ainda haverá saudade,
ainda haverá primavera,
O sonho, a quimera...

Ainda haverá alegria, apesar das cicatrizes...

Ainda haverá esperança,
porque a vida ainda é criança...
e o amanhã será um novo dia!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Solidão



Estranha é a noite que me envolve e que me cobre, num manto tecido com fios de ausência, de dor e magoa. Deito-me na cama, corpo dorido, olhos cansados, alma despida de sentidos. 
No limiar do cansaço entrego-me à solidão. Deixo para trás o que ganhei e o que perdi, os sonhos e os factos, o que disse e o que calei, o que senti e o que deixei de sentir, quem amei e nunca tive, quem iludi e nunca desejei . Olho o negro infinito e deixo-me devorar pelo silêncio. 
Entrego à noite a luz e adormeço sobre as sombras que dançam sobre mim como folhas mortas numa tarde de Outono. Deixai-me aqui ficar inerte… no doce e frio abraço da solidão.

Como não percebemos....



Existem muitas situações perante as quais devemos deixar de lado os floreados, a poesia, o romantismo. Nesses momentos a razão deve ser soberana e sermos capazes de olhar a realidade sem nenhum véu a deturpar a nossa mente. A dor faz-nos esquecer e pintar de outras cores a morte do amor. Sim, porque o amor morre e nós, simples mortais, recusamos com todas as nossas forças olhar de frente o vulto negro da morte. Durante muito tempo tapamos os ouvidos para que até nós não chegue os gritos de socorro. Recusamo-nos a ouvir, não queremos enfrentar e não percebemos que fomos nós mesmos que matamos esse sentimento.

No fim perguntamo-nos: porquê? Mas porque tinha que acabar?

Os sinais estão ali e egocêntricos que somos nem lhes ligamos. É uma fase, pensamos. Idiotas que somos.
Fingimos que não percebemos que já não fazemos amor com a pessoa amada e quando fazemos é algo mecânico, sem paixão, sem vontade. Nem tão pouco sentimos mais desejo. 

Já não pensamos no outro quando o sangue corre mais rápido nas veias. Iniciamos aí os preparativos do homicido do amor. De repente passamos a olhar para outros rostos, para outros corpos, e continuamos a negar que já não existe mais amor.
Já não nos importamos com o outro, não queremos saber da sua vida, o que faz, os seus sonhos, a sua tristeza.

Passamos a viver num estado de guerra. Tudo o que outro faz ou diz passa a ser motivo de discussão. E continuamos a negar a morte do amor.
O silêncio passa a ser dono e senhor de todas as ocasiões. A vontade de partilhar é algo que ficou bem longe no tempo. As frases curtas de ocasião passam a ser constantes e nem sequer nos importamos em disfarçar. E continuamos a negar que o amor acabou.

A saudade de voltar a sentir começa a pesar e o vazio nos avisa que está perto a hora.  Então um belo dia, um dos dois acorda e veste o manto da coragem e o mundo desaba. O pesadelo começa e a pergunta já há muito respondida pelos sinais entoa: 

Como não percebemos antes?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Imaturidade



Cada vez me convenço mais que o amor não passa de uma mera ilusão criada pela nossa mente. Desde tenra identidade ouvimos histórias de encantar, de príncipes e princesas, de castelos e cavalos alados, onde no final todos viveram felizes para sempre. Crescemos e voltamos a viver essa fantasia nos filmes que vimos e romances que lemos.  Alimentamos sonhos e passamos a acreditar que é possível existir esse sentimento tão nobre,tão puro e acima de tudo tão mágico. Queremos viver esse sentimento, necessitamos desse mesmo querer, mas a cada passo que damos estamos cada vez mais longe, mais distante do amor.

As desilusões aparecem, as mentiras surgem para matar de vez esses sonhos. Percebemos que o príncipe é apenas um personagem inventado e que o amor não passa de um terrível engano.
Vivemos rodeados de mentiras, de uma imaturidade que fere mais que um punhal em brasa. Ficamos horas a pensar nos porques, nas respostas que não satisfazem, nas perguntas que nunca acabam e no final tudo se resume a necessidades de prazer momentaneo, sem qualquer sentimento.

As relações são vividas  na mentira que dia a dia criamos. As desculpas esfarrapadas passam a ser uma constante e a sinceridade, componente essêncial no amor, é relevada para segundo  e terceiro plano. A facilidade de um “amo-te” é tão banal como respirarmos. Enganamos o outro, enganamos a nós próprios e achamos que o amor é isso mesmo. Um beijo, um abraço, um “gosto de ti” para depois procuramos no nosso mundo secreto, o que nos faz sentir prazer, tudo o que realmente desejamos e queremos.
Afinal temos alguém ali, ao nosso lado, que até escolhemos mas não preenche o nosso ser. Precisamos de mais porque aquela pessoa não tem o corpo que queriamos, não tem a beleza que admiramos, não tem a perfeição que encontramos em todas as outras pessoas que desejamos, mas que não estão ao nosso alcance.

E por fim esquecemos que ninguém pode ser feliz vivendo uma vida de mentiras, insistindo  em se relacionar com imagens e não com aquilo que realmente  é, e que prosseguir assim só poderá resultar em uma vida cheia de dor, tristeza e frustração.

Crescer não é fácil, pois pressupõe estarmos atentos o tempo todo às consequências de nossas atitudes. Mas sem este exercício, tão necessário ao amadurecimento, ficaremos eternamente enredados em nossas próprias infantilidades, e perderemos a chance de construir relacionamentos muito mais verdadeiros, onde ambos se revelem como realmente são, sem máscaras que ocultem o que desejam de verdade.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A morte do amor!



Muitas vezes acontece que simples conversas de café, banais como só elas sabem ser, transformam-se em algo mais profundo quando a só estamos. Longe dos risos e das brincadeiras, do convivio necessário a todo o ser humano, damos por nós a pensar naqueles momentos trivias e nas palavras ditas meio a sério, meio a brincar. Basta apenas uma história e damos por nós a identificarmo-nos com as sensações, com os pensamentos, com as memórias expostas à luz do dia.

É quase como abrir uma porta e olhar de fora para uma vida que é nossa, mas que nos parece distante, vivida por outros. E assim é o amor. Feito  de momentos, de  partilha , de cumplicidade, de troca de afectos, de palavras, de gestos tão corriqueiros como um café na esplanada, um beijo roubado no meio da rua, um amo-te sussurado quando menos se espera, o brilho nos olhos quando se faz amor. Mas os dias passam, as semanas somam-se e aqueles que nos eram tão familiares transformam-se em estranhos ali ao nosso lado.

De repente, num estalar de dedos, o mal estar se instala ao recordar as frases que nunca deveriam ter sido sequer pensadas tão pouco pronunciadas com a determinação dos carrascos. Não se pode atravessar uma ponte que foi queimada; com as palavras acontece a mesma coisa.

E a distância ganha morada e apaga a intimidade, modifica a necessidade  que em tempos julgávamos sentir um pelo outro. Deixamos de lado o  apelo de ligar a contar o nosso dia,as nossas alegrias, as nossas decepções.E chega o momento em que perdemos a fala.  Tentamos emitir um som que quebre esse pesar  mas medimos as frases, pois apenas nos resta o nada. Aos poucos apercebemo-nos que não nos conhecemos. Somos apenas dois corpos sem rosto no meio da multidão.

Matamos a cumplicidade, que provavelmente foi apenas ilusão. Deixamos de desejar a pele na pele, de ansiar pelo toque,de querer o  beijo.  O brilho apaga-se, a paixão esfria e já nem a frustração subsiste. Já não se acorda a pensar no outro, já não se deita a desejar o quente do corpo que nos fazia falta.  

E aquela dor  que insistia em se fazer notar, que trazia ao pensamento, minuto a minuto, a pessoa amada dá lugar a outras lembranças, a novos rumos.
Caminhamos dia após dia em estradas distintas. Fingimos “um esta  tudo bem”, mas construimos o vazio em nosso redor. Nem o olhar permanece porque ambos sabem que não têm mais o que fazer. Dentro cresce uma dor contínua, uma tristeza que sai pelos olhos. Os dois corações estão ocos, porque no lugar do amor agora não existe nada. E a vida segue assim, imperfeita...


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Os sentimentos têm destas coisas...


Os sentimentos têm destas coisas, um dia choramos,  no outro esboçamos um sorriso e quando damos por nós conseguimos rir naturalmente, sem nenhum esforço aparente. É esse riso que procuro. Rir por pura felicidade, rir porque cá dentro tudo brilha, o sangue corre  e a vida sente-se em cada pormenor. Apetece-me sentir novamente o meu corpo a flutuar como se dentro de uma bola de sabão estivesse. Quero sentir de novo a alegria num beijo, a felicidade  ao ouvir uma palavra, pois já Alexandre O´Neil dizia “Existem palavras que nos beijam, como se tivessem boca”. 

Mas só o amor assim nos fazer sentir. Só o amor nos faz perder o medo da vida, esquecer o passado, ignorar o futuro. Acreditar que esse sentimento é grande o suficiente para vencer todos os obstáculos, atravessar todas as pontes, ultrapassar todas as barreiras. O amor tem o dom de quando nos olha nos olhos e ouvimos “preciso de ti” deixar-nos transportar num abraço, na pele que sente a falta da outra pele, nos beijos que suspiram pela outra boca, no corpo que queima no desejo mudo de se fundir no outro, na necessidade de ser um em dois corpos e deixar-nos ir nessa doce sensação...

Os sentimentos têm destas coisas!


Falando sério



O que eu mais gosto no amor é que, quando é a sério, cabe tudo lá dentro. A paixão, o desejo, o pulsar das almas e a serenidade dos pensamentos, a vontade de construir outra vez o mundo à imagem e semelhança do que sentimos, a paz dos regressados e a poesia das folhas brancas que cada dia esperam a doçura das palavras e a certeza das ideias.
O amor é mais do que querer, desenhar, sonhar e amar. É partilhar a vida inteira, numa entrega sem limites, como mergulhar no mar sem fundo ou voar a incalculáveis altitudes. O amor é muita coisa junta, não cabe em palavras nem em beijos, porque se leva a sim mesmo por caminhos que nem ele mesmo conhece, por isso quem ama se repete sem se cansar e tudo promete quase sem pensar, porque o amor, quando é a sério, sai-nos por todos os poros, até quando estamos calados ou a dormir.

Margarida Rebelo Pinto

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Um Grande Amor!


Para Viver um Grande Amor
(Vinicius de Morais)


Para viver um grande amor, preciso
É muita concentração e muito siso
Muita seriedade e pouco riso
Para viver um grande amor
Para viver um grande amor, mister
É ser um homem de uma só mulher
Pois ser de muitas - poxa! - é pra quem quer
Nem tem nenhum valor
Para viver um grande amor, primeiro
É preciso sagrar-se cavalheiro
E ser de sua dama por inteiro
Seja lá como for
Há que fazer do corpo uma morada
Onde clausure-se a mulher amada
E postar-se de fora com uma espada
Para viver um grande amor

domingo, 15 de janeiro de 2012

Se...


- E se um dia, por uma fatalidade eu morrer, o que farás?
- Pedirei "Leva-me contigo"

Desilusão!



E só desisti quando finalmente aceitei que o homem que diz amar-me é como um girassol, pode ter ao seu lado a mulher que diz querer, mas precisa de girar e procurar o sol em outros corpos, em outros rostos. Esse  não pode ser o mesmo homem que sonhei ter ao meu lado. não merece o meu amor. Aqueles que merecem as nossas lágrimas são os que nunce te fariam chorar. E foi assim que te fechei o meu coração hospedeiro...

Destino




Sinto que o destino é um relacionamento... um jogo entre o divino e a perseverança. Metade escapa ao nosso controlo, a outra metade está inteiramente nas nossas mãos. O homem não é inteiramente uma marioneta nas mãos dos Deuses nem é inteiramente o comandante do seu próprio destino, é um bocadinho dos dois. Galopamos ao longo da nossa vida como artistas de circo equilibrados em dois cavalos lado a lado - um pé sobre o cavalo chamado destino o outro sobre o cavalo chamado livre arbítrio. E aquilo que temos de equacionar todos os dias é qual dos cavalos está em causa, com qual deles posso deixar de me preocupar porque não está sob o meu controlo e qual precisa que eu o guie com mais esforço e concentração.

in Comer, Orar e Amar

Razão de Existir!



«O vento soprava através do teu cabelo e os teus olhos retinham a luz pálida do sol que se desvanecia. Fico espantado quando te vejo encostada ao parapeito. Tu és bela, penso, enquanto te vejo, numa visão que não consigo encontrar em mais ninguém. Começo a andar lentamente na tua direcção e quando, finalmente te voltas para mim, reparo que outros têm estado a observar-te também. «Conhece-la?» perguntam-me em sussurros invejosos, e quanto sorris para mim, respondo simplesmente com a verdade. «- Melhor do que o meu próprio coração.»

Paro quando chego perto de ti, e envolvo-te nos meus braços. Anseio por esse momento mais do que qualquer outro. É a razão da minha vida, e quando retribuis o meu abraço, eu entrego-me a esse momento, em paz, mais uma vez.

Levanto a mão e toco suavemente na tua face e tu inclinas a cabeça para trás e fechas os olhos. As minhas mãos são ásperas e a tua pele é macia. É nestas alturas que sei qual é o meu objectivo nesta vida. Estou aqui para te amar, para te segurar nos meus braços, para te proteger. Estou aqui para aprender contigo e para receber o teu amor em troca. Estou aqui porque não existe outro sítio onde queira estar.»



Nicholas Sparks, As palavras que nunca te Direi





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

De alma para alma...



Existem reflexões que devem ser feitas, momentos só nossos em que olhamos lá bem no fundo da nossa alma, do nosso coração. Momentos em que questionamos o que nos cerca, tudo o que vimos e vivemos. É nesses momentos que nos perguntamos quantas oportunidades perdemos, quantos sonhos esquecemos, quantas palavras calamos, quantos gestos negamos, quantas situações e conceitos achamos errados, mas fingimos acreditar. 

Muitas vezes as escolhas dos caminhos que percorremos são feitas não por nós, não com a ética do coração, mas com o egoísmo que a sociedade e seus valores nos ditam. Entre o que esperam de nós e entre o que nós mesmos desejamos a única semelhança é a inconsistência. Todos ansiamos pela felicidade, pelo bem estar. Todos desejamos ser amados, mas dirigimos os nossos passos para lugares opostos. E é desta forma que hoje vivenciamos o amor.  Não permitimos a motivação do coração pois temos medo desse sentir que não é garantido, da incerteza do que não podemos controlar ou prever. Preferimos a zona de conforto do que arriscar andar na linha frágil do desejo e dos sentimentos.

Amar é viver num lugar deslumbrante, onde voltamos a ser crianças, onde não há lugar para crenças, preconceitos ou dogmas. Onde entramos sem medo e sem controle. Um lugar repleto de magia e encantamento. Onde o sublime e a beleza ganham forma no rosto e no corpo da pessoa amada, porque o amor quando o sentimos é luz, é a brisa leve do mar, que corre continentes, que parte de um e do outro retorna. De alma para alma, de coração, para coração!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Saudades do Amor!


No silêncio da noite os pensamentos voam até nós e trazem com eles lembranças guardadas, sentimentos adormecidos, sonhos perdidos, desejos esquecidos. E é nesse mesmo silêncio que ouço de novo o teu riso. O preto e branco das memórias à muito guardadas ganham de novo cor. Talvez seja este sentir vazio, esta vontade de reviver emoções adormecidas que me fez lembrar de ti.

Sinto saudades. Não saudades de ti, mas saudades do teu sentir, do amor que iluminava o teu ser quando junto a mim estavas, quando ouvia a tua voz a romper o mesmo silêncio que hoje é o meu companheiro.
Abraço-me e deixo-me levar por esses momentos que me faziam sentir viva, flutuando de alegria, vivendo um sonho real.

Recordo as palavras doces que sussuravas ao meu ouvido. Sorriu ao lembrar-me quando me dizias  “Tenho saudades tuas minha princesa”. E o teu olhar quando me vias... quando junto a ti chegava era como se um sol resplandecente estivesse dentro dos teus olhos.  Posso ainda sentir o gosto do teu beijo ansioso, do desejo que crescia quando me tocavas. Podia envolver-me no quente da tua pele que queimava nas minhas mãos. Podia sentir em cada poro da tua pele o desejo pela minha. Nos teus braços o mundo parava e eu sentia-me amada.

Sinto falta desse amor, do que me fazias sentir. Sim, sinto falta desses momentos. De ouvir de novo o som de uma voz embargada de emoção, quando deitada no teu colo me dizias que eu era o teu chão, o teu céu e os teus sonhos. E abraçavas-me como se me fosses perder naquele mesmo instante.

E as lembranças, uma a uma regressam a mim, apertando o meu coração como correntes de aço. Quase que ouço o telefone a tocar de madrugada e do outro lado a tua voz rouca “ Sinto tanto a tua falta, meu amor. “. E as horas passavam entre risos e choros, entre desejos e palavras, e o sol nascia lá fora. Mesmo longe de ti, sentia-te ali junto ao meu corpo, amando-me como se não existisse amanhã. 


Sinto saudades sim, sinto saudades mas nãode ti...sinto saudades do amor!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Minha Vida



Dou um ano da minha vida para olhar mais uma vez nos teus olhos;
Dou dez anos da minha vida para beijar a tua boca;
Dou vinte anos da minha vida para ter o teu corpo no meu;
E se ainda tiver mais um tempo de vida ele será todo teu.
Um só tempo eu escolhi-te, escolhi para um amor sem fim.
Escolhi ser o Homem para ti e tu a Mulher para mim.
Hoje ao teu lado estou sentado e não quero mais nada além de te ver assim.
Se um dia a juventude for embora e a aurora do dia passar, terei essa imagem eterna para mim.
E se tu um dia não me quiseres, atravessarei o além da vida para poder encontrar-te.
Incondicionalmente nada mais é, do que amar-te.


Autor Desconhecido


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O lado negro!




Em outros tempos que a memória guardou, em imagens desfocadas com laivos de imensa clareza, a vida, era para mim, um lugar de verdade, de certezas, de sorrisos e de sentimentos verdadeiros e puros como a água cristalina que brota da fonte, ainda não conspurcada pela maldade, pela mentira e pela hipocrisia. 

Esses tempos guardo-os como quem guarda um tesouro. Hoje os sonhos cor-de-rosa são mera miragem. Tenho em mim a escuridão de um mundo sujo, cruel, impregnado de maldade e egoísmo. Vesti a armadura de ferro, coloquei a mascara e assim me misturo no meio da multidão. 

Respiro a hipocrisia e a mentira que paira ao meu redor. Rostos de candura que exalam ternura, verdade, sentimentos. Mas lá no fundo existe apenas um eu impostor. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez. 

Esconde-se no rosto o crime latente, coloca-se açúcar no veneno, apaga-se o rasto dos caminhos obscuros percorridos. A premeditação indefinida de uma acção ruim. Esconde-se a qualquer custo os pensamentos mais negros e assim se vive enganando continuamente, não sendo jamais quem é, criando ilusão. 

Já deixei de me perguntar porquê, de tentar entender, de querer mudar a essência. Sinto a revolta que por vezes não contenho e dispara em relâmpagos por entre os lábios. 

Vil hipocrisia que corrói, que engana e decepciona, entre palavras doces e amargas, entre actos e gestos que se escondem, entre o que fingimos querer e o que desejamos na verdade. 

E assim se adopta a hipocrisia ou qualquer outra mentira como “meio de vida” e assim se aumenta a confusão do ego, perdendo a fé em nós mesmos, perdendo a fé alheia, aumentando as sombras do mundo... 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A ti...meu futuro amor!


Escrevo-te a ti, que andas por aí à minha procura, numa solidão povoada, vazia e acomodada à espera que a vida te ponha no meu caminho. Não sei como te chamas nem por que inicial começa o teu nome, mas sei que existes, que me esperas e desejas e que um dia farás parte da minha vida...