Algures no passado adorava escrever. As palavras eram a minha arma, o meu escudo, o lugar em que me sentia segura e onde podia deixar fluir o mar de emoções que existe em mim, um mar distante ao qual nunca conseguiste chegar, nem tão pouco vislumbrar da proa do teu barco… tu na verdade nunca olhaste para mim. Sabes deixei de escrever e ao fechar esse porto de abrigo fechei também a minha alma, o coração. Ao longo destes últimos quatro anos caminhei por uma estrada que não era minha, que nem sequer era tua.
Cada passo que dava sentia-me cada vez mais perto de um abismo. Hoje aqui, sosinha entre as paredes do meu quarto penso em nós e apenas consigo vislumbrar dois seres em contínua guerra. Não existem vítimas nesta briga, ambos somos agressores. Ambos tínhamos no bolso as pedras que continuamente atiramos. Nenhum dos dois quis mudar. Mudar era sinal de piorar. O meu orgulho assumiu o comando, a tua prepotência ganhou força e voz. Transformamos o nosso mundo num campo de batalha. Hoje estamos de novo a caminhar em estradas distintas. Gosto de ti e sei que gostas de ouvir quando o digo. Evito faze-lo. Mas não penses que seja por orgulho…é apenas a forma que tenho de dizer para mim “ basta, não vais mais sofrer”. Não consigo dizer amo-te quando olho para nós porque deixei de acreditar em nós dois. Desiludiste-me mas sei que eu também deitei por terra a imagem que julgavas que eu era. Uma personagem criada pelo teus sonhos e desejos que na realidade nunca existiu.
Nunca tivemos filhos, não tivemos uma casa para dividir uma partilha, não tivemos sonhos sonhados a dois, nem tão pouco tivemos a cumplicidade de fazer amor por horas nas tardes de chuva de Inverno. Nunca nos perdemos no tempo em risos e sonhos mesmo que impossíveis de serem alcançados. Nunca me entendeste. Nunca te percebi. Ambos tivemos as mãos cheias de nada….e eu queria tantas coisa na vida. Mas não posso exigir…nem de ti, nem tão pouco posso exigir de mim. Queria-te perto de mim, o teu abraço, o teu beijo, o calor do teu corpo…mas na realidade é só isso que me podes dar e não é suficiente. Nunca será. Um abraço precisa ter carinho, cuidado, calor. O olhar tem que carregar um mar de afecto, amor, desejo. O beijo e o toque tem que arder e depois proteger. As palavras têm que acalmar a dor com suavidade e ternura. As lágrimas devem ser secadas com um sopro do coração. Nada ficou. Resta-nos o vazio, os despojos de uma guerra sem vencedores!..
Cada passo que dava sentia-me cada vez mais perto de um abismo. Hoje aqui, sosinha entre as paredes do meu quarto penso em nós e apenas consigo vislumbrar dois seres em contínua guerra. Não existem vítimas nesta briga, ambos somos agressores. Ambos tínhamos no bolso as pedras que continuamente atiramos. Nenhum dos dois quis mudar. Mudar era sinal de piorar. O meu orgulho assumiu o comando, a tua prepotência ganhou força e voz. Transformamos o nosso mundo num campo de batalha. Hoje estamos de novo a caminhar em estradas distintas. Gosto de ti e sei que gostas de ouvir quando o digo. Evito faze-lo. Mas não penses que seja por orgulho…é apenas a forma que tenho de dizer para mim “ basta, não vais mais sofrer”. Não consigo dizer amo-te quando olho para nós porque deixei de acreditar em nós dois. Desiludiste-me mas sei que eu também deitei por terra a imagem que julgavas que eu era. Uma personagem criada pelo teus sonhos e desejos que na realidade nunca existiu.
Nunca tivemos filhos, não tivemos uma casa para dividir uma partilha, não tivemos sonhos sonhados a dois, nem tão pouco tivemos a cumplicidade de fazer amor por horas nas tardes de chuva de Inverno. Nunca nos perdemos no tempo em risos e sonhos mesmo que impossíveis de serem alcançados. Nunca me entendeste. Nunca te percebi. Ambos tivemos as mãos cheias de nada….e eu queria tantas coisa na vida. Mas não posso exigir…nem de ti, nem tão pouco posso exigir de mim. Queria-te perto de mim, o teu abraço, o teu beijo, o calor do teu corpo…mas na realidade é só isso que me podes dar e não é suficiente. Nunca será. Um abraço precisa ter carinho, cuidado, calor. O olhar tem que carregar um mar de afecto, amor, desejo. O beijo e o toque tem que arder e depois proteger. As palavras têm que acalmar a dor com suavidade e ternura. As lágrimas devem ser secadas com um sopro do coração. Nada ficou. Resta-nos o vazio, os despojos de uma guerra sem vencedores!..