“Sabemos quando alguem nos ama
não pelo que a pessoa fala, mas sim pelo que faz”
Uma pequena frase constituida de
simples palavras mas que alberga em si uma verdade inegável. O amor, por
melhores intenções que as pessoas tenham, requer atitude e coragem para
vivê-lo.
Não existe futuro numa relação
quando um precisa de sentar-se calado esperando uma acção, algo que faça o universo
avançar, algo que faça as peças girarem e se encaixarem. Amanha, sim amanha
talvez...e o amanha chega e o amanha que era hoje vai sendo adiado
continuamente, dia após dia, semana após semana, mês após mês. E um dia, num
desses amanhas continuamente adiados, quem espera fica exausto com a dor, com o
sofrimento, com o gesto que nunca chega, com o caminho não percorrido, com o
mundo que não se move e que grita por mudança. E o amor morre. Não porque se
deixou de amar mas porque o sofrimento não permite mais o viver à espera.
Viver à espera de uma escolha,
viver à espera do “até acabar o curso”, “até que eu resolva a parte financeira”,
“até que eu consiga separar-me”, “até que tenha um emprego”, ate que....até que
nada aconteça. As escolhas são dificeis, os passos são dolorosos, o caminho é
montanhoso mas a vida requer escolhas e decisões. São essas mesmas escolhas que
nos fazem crescer e amadurecer. Um sentimento que não nos faz ter forças, um
sentimento que não faz mover montanhas, que não nos permite mudar o curso do
rio pode ser tudo, mas não é de certeza Amor.
Amor como Mário Quintana dizia “amor
é quando a gente mora um no outro” e se um mora do lado de fora apenas um
caminho é possivel: seguir em frente para um amor que esteja disposto a entrar
para o lado do avesso de nós!