Existem reflexões que devem ser feitas, momentos só nossos em que olhamos lá bem no fundo da nossa alma, do nosso coração. Momentos em que questionamos o que nos cerca, tudo o que vimos e vivemos. É nesses momentos que nos perguntamos quantas oportunidades perdemos, quantos sonhos esquecemos, quantas palavras calamos, quantos gestos negamos, quantas situações e conceitos achamos errados, mas fingimos acreditar.
Muitas vezes as escolhas dos caminhos que percorremos são feitas não por nós, não com a ética do coração, mas com o egoísmo que a sociedade e seus valores nos ditam. Entre o que esperam de nós e entre o que nós mesmos desejamos a única semelhança é a inconsistência. Todos ansiamos pela felicidade, pelo bem estar. Todos desejamos ser amados, mas dirigimos os nossos passos para lugares opostos. E é desta forma que hoje vivenciamos o amor. Não permitimos a motivação do coração pois temos medo desse sentir que não é garantido, da incerteza do que não podemos controlar ou prever. Preferimos a zona de conforto do que arriscar andar na linha frágil do desejo e dos sentimentos.
Amar é viver num lugar deslumbrante, onde voltamos a ser crianças, onde não há lugar para crenças, preconceitos ou dogmas. Onde entramos sem medo e sem controle. Um lugar repleto de magia e encantamento. Onde o sublime e a beleza ganham forma no rosto e no corpo da pessoa amada, porque o amor quando o sentimos é luz, é a brisa leve do mar, que corre continentes, que parte de um e do outro retorna. De alma para alma, de coração, para coração!